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Líderes indígenas pedem para seguir em quarentena no Equador

Lideranças temem que relaxamento da quarentena traga risco aos indígenas
Lideranças temem que relaxamento da quarentena traga risco aos indígenas José Jacome / EFE - arquivo

A Confederação das Nações Indígenas do Equador (Conaie) se dispôs nesta segunda-feira (27) a manter a quarentena contra a pandemia do coronavírus durante o mês de maio nos territórios das populações indígenas, mesmo depois que o governo iniciou um processo para converter o isolamento em distanciamento social.

Leia também: Equador dobra casos de covid-19 após resultados de testes atrasados

Em um comunicado, a liderança que reúne as 14 nações indígenas reconhecidas no país afirma que tomou essa medida em "apego ao direito de autodeterminação dos povos", previso na Constituição e em regulamentações internacionais.

O presidente do Equador, Lenín Moreno, explicou no domingo o funcionamento de um sistema de "semáforo" epidemiológico, idealizado como estratégia para uma retirada gradual e controlada das restrições de confinamento por conta da covid-19 a partir do dia 4 de maio.

Indígenas em isolamento

No entanto, a Conaie disse que pretende manter a medida de isolamento social (quarentena) durante o próximo mês, em "territórios de propriedade, comunas, comunidades, povoados e nacionalidades indígenas".

A entidade também pediu que as guardas comunitárias permaneçam ativas, para controlar o acesso aos territórios indígenas, assim como as formas de comércio entre as comunidades, "respeitando as medidas de prevenção para seguir abastecendo nossos territórios de maneira equitativa".

Os dirigentes indígenas equatorianos também pediu que o governo "fortaleça a ajuda às nossas populações nas cidades", mantendo os preços justos para os produtos e "lutando contra a especulação por parte dos intermediários".

A Conaie disse que no final de maio irá revisar as políticas adotadas após analisar a situação com especialistas em epidemiologia e representantes da OMS e da OPS, para adotar "as medidas que achemos pertinentes".

A lideança indígena acredita que o governo "não oferece números confiáveis sobre o verdadeiro impacto da pandemia no país".

O comunicado não poupou críticas à gestão da crítica sanitária por parte do governo central, que ele acusa de ter se "perdido em contradições" e de não ter "uma mensagem clara para a população, gerando incerteza e insegurança nas pessoas".

Grupos de direitos humanos mostraram preocupação com o "aumento" de casos de covid-19 na Amazônia equatoriana, lar de vários assentamentos indígenas, e pediram que as medidas de isolamento não sejam relaxadas em maio.

Essas entidades alertaram que tentar impor uma "nova normalidade" a partir do próximo dia 4 de maio "colocaria povos indígenas em risco".

Segundo os últimos números, o Equador tem cerca de 23 mil casos confirmados de covid-19 e 576 mortes, mas a subnotificação pode ter ocultado milhares de outros casos.



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