O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (28) a futura indicação de John Ratcliffe, um congressista republicano do Texas e simpático ao magnata, como Diretor de Inteligência Nacional (DNI, na sigla em inglês), no lugar de Dan Coats, com quem a Casa Branca não tem boa sintonia.
"Tenho a satisfação de anunciar que o muito respeitado congressista John Ratcliffe do Texas será nomeado por mim para ser o Diretor de Inteligência Nacional", escreveu Trump no Twitter.
O presidente, que destacou que o congressista exerceu a função de promotor federal no passado, considerou que o próximo chefe do serviço de inteligência americano "inspirará e liderará com grandeza o país que ama".
Além disso, Trump anunciou que Coats deixará o cargo em 15 de agosto e que o nome de seu substituto interino, que exercerá a função durante o período em que Ratcliffe passará pelo processo de aprovação no Senado, será anunciado em breve.
"Eu gostaria agradecer a Coats o seu grande serviço para nosso país", concluiu Trump.
Ratcliff é membro da Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA, por isso foi um dos legisladores encarregados de fazer perguntas ao ex-procurador especial Robert Mueller na quarta-feira sobre os resultados da investigação sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.
O congressista foi um dos republicanos que criticou com maior veemência as razões de uma investigação que, em última instância, buscava esclarecer se a equipe de campanha de Trump fez algum tipo de coordenação com o Kremlin em relação às eleições de 2016, uma investigação que o presidente costuma chamar de "caça às bruxas".
"Estou de acordo com o presidente (da comissão, Jerrold) Nadler quando diz que Donald Trump não está acima da lei. Mas, caramba, tenho certeza que ele também não está abaixo", disse Ratcliff a Mueller ao colocar em dúvida as conclusões de sua investigação.
A saída do veterano Coats é já era esperada em Washington há muito tempo devido à falta de sintonia entre ele e Trump, que sempre se mostraram em desacordo no que diz respeito à ingerência russa nas últimas eleições presidenciais.
Enquanto Coats acusou Moscou de tentar influenciar as eleições com base nos relatórios de inteligência elaborados pelo FBI e a CIA, Trump pôs em dúvida que o presidente russo, Vladimir Putin, pudesse agir dessa maneira.
Um dos momentos em que essas diferenças ficaram mais patentes aconteceu em julho do ano passado, quando Trump anunciou de surpresa que tinha convidado Putin para visitar a Casa Branca.
Coats, que naquele momento participava de uma conferência, reagiu brincando: "Você pode repetir? Eu lhe ouvi direito...? Bom, isso será algo especial".
Segundo informaram neste domingo alguns veículos de imprensa locais, Trump e Coats, que estiveram presentes na quinta-feira passada em uma cerimônia de honra no Pentágono, podem ter aproveitado esse encontro para tratar da saída do Diretor do Inteligência Nacional.
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