A necessidade de vencer o Emelec por três gols de diferença, nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, para alcançar as quartas de final da Copa Libertadores não é visto como um grande problema pelo lateral-direito Rafinha. O experiente jogador, de 33 anos, afirmou nesta terça-feira, em entrevista coletiva, que já passou por momentos semelhantes quando atuava pelo Bayern de Munique e conseguiu sucesso.
“Já vivi muitas situações como essa contra o Porto e Juventus. Várias situações dessas e graças a Deus sempre positivas. Nesta quarta não vamos precisar de nenhum milagre, nossa equipe é boa. Todos os jogos desde que cheguei a equipe cria no mínimo três ou quatro chances de gol. Tenho certeza de que nesta quarta a bola vai entrar, o pensamento tem de ser esse”, afirmou o defensor, que se referiu a classificações emocionantes pela equipe alemã.
Em 2015, pela Liga dos Campeões, nas quartas de final, após derrota por 3 a 1 em Portugal, o Bayern venceu por 6 a 1 em Munique. No ano seguinte, nas oitavas, superou a Juventus na prorrogação após dois empates por 2 a 2.
O técnico Jorge Jesus ainda não definiu o time que vai entrar em campo, mas é certo que a escalação vai apresentar ausências importantes – as já confirmadas são o meia Diego, que fraturou o tornozelo esquerdo no jogo de ida contra o Emelec, e o zagueiro Rodrigo Caio e o atacante Lincoln, que sofreram lesões musculares no clássico diante do Botafogo no último domingo. Rafinha confia no elenco rubro-negro para superar estas baixas no confronto em que a equipe precisará reverter a vantagem de 2 a 0 conquistada pelo clube do Equador, na semana passada.
“Claro que é ruim quando o time perde peças importantes. São jogadores que vêm sempre atuando, fazendo um ótimo trabalho. Claro que (a ausência) atrapalha, mas temos que entender que o grupo é grande. Quem entra vem dando conta do recado. Isso acrescenta força ao grupo. Estamos conscientes da nossa capacidade. Quem entrar, vai dar conta do recado”, aposta.
O lateral aproveitou para analisar o adversário equatoriano. “A equipe deles sabe jogar em casa, fez uma partida impecável do modo deles (no jogo de ida). Pará nós foi triste porque chegaram duas vezes e acharam dois gols. Se for ver bem mesmo, não foi em jogadas trabalhadas, não foi assim, mas conseguiram o resultado. O fator Maracanã, de estar perto da torcida, é a parte mais importante.”
Rafinha, que destacou ainda que este é “o jogo mais importante” para o Flamengo na temporada, não quis revelar o que Jorge Jesus preparou taticamente para o jogo decisivo, mas deixou escapar que a paciência será importante para o Flamengo conseguir o resultado necessário. “Entrar atrás do placar é uma situação adversa. Dentro do campo é com a gente”, disse.
Estadão Conteúdo
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