Ana Karolline Rodrigues
ana.rodrigues@grupojbr.com
Um detento do Complexo Penitenciário da Papuda, morreu, na madrugada desse domingo (28), com suspeita de ter contraído leptospirose. Jorge Wellington Braga de Sousa Silva, 37 anos, cumpria pena por estupro de vulnerável na Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I) desde 2016. Após o caso, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) informou, nesta segunda-feira (29), que iniciou acordos de medidas emergenciais para a dedetização e desratização do complexo.
Em nota, a Sesipe, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), também lamentou a morte do interno, que ainda chegou a ser internado no Hospital Regional da Asa Norte (HRan), mas não resistiu. Segundo o órgão, até o momento, não há nenhum outro preso com suspeita de ter contraído esse tipo de doença no complexo prisional.
A doença infecciosa é causada por uma bactéria do gênero Leptospira, que é transmitida por roedores. Procurada, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que o óbito do detento ainda está em investigação e causa da morte pode demorar mais de 30 dias para ser confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML).
O Jornal de Brasília também tentou entrar em contato o subsecretário da Sesipe, Adval Cardoso de Matos, porém, a Secretaria de Segurança informou que todas as informações sobre o óbito do detento seriam repassadas apenas através da nota emitida.
Familiares temem novos casos
Segundo acredita a presidente da Associação de Familiares de Internos e Internas do Sistema Penitenciário do Distrito Federal e Entorno (Afisp), Alessandra Paes, o caso não será o único se não forem tomadas medidas contra a infestação de roedores. Ao Jornal de Brasília, ela informou que frequentemente familiares veem ratos nos presídios em dias de visitação.
“Eles [presos] com certeza correm esse risco. Até nós, familiares, já presenciamos, em dias de visitação, ratos nas alas, nos corredores. Os detentos tentam até se proteger, colocam caixinhas de Toddynho para impedir a entrada dos ratos nas celas, porque é em grande quantidade. Já foi falado que seria feita a dedetização, mas não aconteceu nada. O sistema só se preocupa quando acontece algo dessa forma”, reivindicou a representante.
Segundo Alessandra, a presença de roedores no complexo prisional já existe há anos. “Temos uma necessidade de dedetização, de se olhar com mais preocupação para isso. Eu conheço o sistema prisional desde 2013 e desde essa época a gente vê isso com muita frequência, e não são poucos. Chega a ser assustador”, afirmou.
A presidente da Afisp ainda destacou que familiares de detentos agora temem pela saúde dos mesmos e pretendem se unir para pedir à Sesipe por medidas preventivas a este tipo de situação. “Agora, com a morte dele, aumenta a nossa preocupação com essas doenças, que continua necessitando de uma atenção especial, tanto do Estado quanto da Sesipe”, disse. “Agora, pretendemos entrar com um pedido para que alguma medida seja tomada, porque provavelmente esse será o primeiro de muitos casos se não for tomada alguma providência”, completou.
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