Durante seu depoimento diante de deputados norte-americanos na quarta-feira (27), Michael Cohen, o ex-advogado pessoal de Donald Trump, mostrou alguns documentos que podem complicar ainda mais a vida do presidente dos EUA.
Um desses papeis foi um cheque assinado por Trump, que seria parte do reembolso pelo pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 484 mil) feito à atriz pornô Stormy Daniels para que ela não falasse publicamente sobre um caso que ela e o presidente tiveram na década passada.
"Estou fornecendo uma cópia de um cheque de US$ 35 mil que Trump assinou pessoalmente desde seu banco pessoal, quando já era presidente dos Estados Unidos, para encobrir o caso", afirmou Cohen diante do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes dos EUA.
Ele também mostrou um relatório de uma linha de crédito que ele possuía com uma instituição bancária, que mostra a transferência para Stormy Daniels. A movimentação foi feita em sua conta pessoal, afirmou Cohen, para que o dinheiro recebido pela atriz não tivesse ligação com Trump.
Carta e ameaças
Além do cheque, no valor de US$ 35 mil (cerca de R$ 130 mil), outros documentos foram apresentados pelo ex-advogado de Trump para provar suas declarações bombásticas sobre o presidente dos EUA. Por exemplo, de que ele, Cohen, realizou mais de 500 ameaças a pedido de Trump.
Como prova, o advogado mostrou ao comitê uma carta que ele enviou à Universidade de Fordham, em Nova York, em maio de 2015.
Na carta, escrita cerca de um mês antes de Trump anunciar sua candidatura à presidência dos EUA, Cohen ameaça a universidade em nome de seu antigo cliente, falando até mesmo em suspensão de fundos federais para a instituição, caso as notas dele fossem reveladas à imprensa.
Curiosamente, após ameaçar medidas legais e corte de verbas, a carta é encerrada com um PS curioso: "O sr. Trump realmente gostou de seus dois anos na Fordham e tem grande respeito pela universidade". Veja uma reprodução da carta abaixo.
"Quando eu disse que ele é um vigarista, falei de um homem que se declara brilhante, mas me pediu que ameaçasse o colégio, as universidades onde estudou e a College Board, para que nunca divulgassem suas notas ou a pontuação do SAT", disse Cohen aos deputados.
College Board é uma entidade que congrega quase 6 mil universidades norte-americanas e é responsável pela aplicação do SAT, um exame nacional semelhante ao Enem, que determina em quais faculdades os alunos estão aptos a entrar.
Relatórios financeiros
Entre outros documentos, Cohen também forneceu cópias de relatórios financeiros de Trump, e confrontou os valores com declarações públicas do atual presidente.
Em uma ocasião, segundo o ex-advogado, Trump declarou que um clube de golfe, que aparece nas declarações de patrimônio com valor de US$ 50 milhões (R$ 186 milhões), teria valor real de US$ 1,4 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões). O objetivo seria pagar menos impostos sobre a propriedade.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes dos EUA, que tomou o depoimento de Cohen, é o mais importante órgão investigativo do Congresso norte-americano.
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