Poucos instantes depois de deixar a penitenciária de La Picota, em Bogotá, nesta sexta-feira (17), o ex-líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Jesús Santrich foi recapturado pelas autoridades do país por ordem do Ministério Público do país.
Santrich deixou La Picota em uma cadeira de rodas, cercado por agentes do Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (Inpec) e da Polícia Nacional, em cumprimento a uma ordem de libertação imediata decretada pela Justiça Especial para a Paz (JEP) — tribunal especial criado no acordo entre o governo e as Farc para julgar crimes cometidos no conflito armado na Colômbia.
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No entanto, pouco depois de passar pela porta principal do presídio, integrantes do Corpo Técnico de Investigação do Ministério Público apresentaram uma nova ordem de prisão contra o ex-guerrilheiro das Farc, que voltou a ser detido em La Picota.
Um helicóptero da Polícia Nacional pousou no pátio central do complexo penal minutos depois para levar Santrich à sede principal da Procuradoria-Geral da Colômbia, na capital do país.
Nos arredores da prisão, uma multidão de simpatizantes do partido político fundado pelas Farc após a dissolução da guerrilha receberam Santrich com palavras de ordem. A felicidade, porém, virou tristeza e choro em questão de segundos com a nova ordem de prisão.
Em comunicado, os promotores afirmaram que "novas evidências" justificaram a prisão de Santrich, que ganhou a liberdade do JEP pela garantia de não-extradição concedida aos ex-integrantes das Farc no acordo de paz assinado com o governo da Colômbia.
Santrich foi preso pela primeira vez em 9 de abril, acusado de praticar tráfico de drogas após a assinatura do pacto. Caso seja considerado culpado, o ex-guerrilheiro será julgado pela Justiça comum, e não pelo JEP.
Além do ex-líder das Farc, a Polícia Nacional prendeu três pessoas na mesma operação. Uma delas é Marlon Marín, sobrinho de um dos braços direitos de Santrich, Iván Márquez.
Marín aceitou colaborar com a Justiça e foi levado aos Estados Unidos como testemunha. O governo americano também quer a extradição de Santrich para que ele possa responder por crimes no país.
Os promotores afirmaram que o depoimento de Marín está entre as "novas evidências" obtidas pelos funcionários da Direção Especializada contra o Narcotráfico.
"Solicitou-se a um juiz de controle de garantias de Bogotá uma ordem de captura contra Santrich, que foi emitida pelo funcionário judicial e já se fez efetiva", afirmou o Ministério Público em nota.
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