O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira (29) que o encontro entre uma delegação do seu governo e a oposição para estabelecer os fundamentos de uma mesa de diálogo foi "construtivo", apesar de o antichavismo ter considerado que ainda não há acordos concretos.
"Eu falo com a verdade, estou orgulhoso da delegação que temos na Noruega, e estou orgulhoso que estejamos em fase de dialogo construtivo com a oposição venezuelana, acredito que o caminho é a paz", disse o presidente venezuelano em um ato de governo transmitido em rede obrigatória de rádio e televisão.
Maduro destacou também que conta com o apoio das Forças Armadas e dos simpatizantes do chavismo, que governa desde 1999, para buscar através do diálogo uma solução para a urgente crise que assola o país.
A declaração de Maduro é divulgada depois que o centro de comunicações do líder do parlamento, Juan Guaidó, que se proclamou como presidente interino do país, declarou que o encontro de mediação impulsionado pela Noruega para resolver o conflito na Venezuela terminou "sem acordo".
"Este encontro terminou sem acordo. Insistimos que a mediação será útil para a Venezuela sempre que existam elementos que permitam avançar em prol de uma verdadeira solução. Portanto, nos mantemos na luta até resolver a crise", ressaltou a oposição em comunicado.
No entanto, Maduro insinuou que a oposição mentiu com estas declarações, apesar de não ter se referido a ela de maneira explícita, e pediu valentia aos opositores.
"Sejam valentes, digam a verdade ao povo", afirmou Maduro, antes de recomendar aos seus opositores que assumam a liderança "com coragem".
"Eu designei uma delegação, estivemos negociando em segredo há dois ou três meses e estamos sentados na Noruega. Quero um acordo de paz para a Venezuela", acrescentou.
A Venezuela vive um pico de tensão política desde o último mês de janeiro, quando Maduro assumiu um novo mandato de seis anos após ganhar eleições que foram tachadas de fraudulentas pela oposição e, em resposta, Guaidó se proclamou como presidente interino.
Desde então, o conflito político se aguçou e vários países, entre eles a Noruega, tentam impulsionar mecanismos para encontrar uma solução negociada à crise venezuelana.
A Noruega atuou como facilitadora em dezenas de processos de diálogo nas últimas décadas, como o que levou à assinatura dos acordos de Oslo entre israelenses e palestinos e as conversas entre o governo colombiano e as Farc.
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