Nas ruas antes agitadas de Colombo, capital do Sri Lanka, agora resta o silêncio. Depois do atentado no domingo de Páscoa, em que 253 pessoas morreram em explosões simultâneas pela capital, as crianças que antes brincavam pela vizinhança foram vítimas da violência, incluindo um bebê de 11 meses
O ataque atingiu pessoas de todas as idades e classes sociais. Agora, resta as famílias tentarem retomar a rotina e encontrar uma forma de diminuir a dor da perda
O quarto de Wishmi, uma menina de 14 anos, segue igual há semanas. A mãe manteve a mochila no mesmo lugar, não quer mudar de lugar e aceitar que a filha não vai voltar
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"Eu não sinto que a minha filha me deixou, eu não quero aceitar isso", disse Chandima, mãe de Wishmi. Na parede do quarto, ela ainda deixou pendurado o horário da escola da menina
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As escolas retomaram as aulas, mas em Batticaloa, o aluno Kevin Kuventhirarasa, de nove anos, não vai voltar. "Ele era muito ativo, generoso e ajudava os outros", disse a professora Vijithakumary Suthagar. "Eu não sei como eu vou explicar a ausência dele para os outros alunos", desabafou
Uma das promessas do basquete local, o capitão do time da escola, Jackson, também morreu no atentado. "Ele era meu filho único. Eu ensinei ele a jogar basquete e nós gostávamos de jogar juntos. Agora minha geração futura se foi, não sobrou nada", disse o pai, Arasaratnam Verl
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Depois do ataque, a polícia admitiu que o bombardeio podia ter sido evitado, já que eles haviam suspeitado do grupo terrorista dias antes. O primeiro-ministro diz que a principal preocupação do país agora é prender os criminosos
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