O banco central da China usará a taxa básica de empréstimos (LPR, na sigla em inglês) como uma nova referência para precificar os empréstimos a taxas flutuantes existentes, em um passo que, segundo analistas, poderá ajudar a reduzir os custos de crédito e sustentar o crescimento econômico.
Pequim divulgou uma série de medidas pró-crescimento este ano, incluindo cortes de impostos, mais gastos com infraestrutura, reduções na quantidade de dinheiro que os bancos devem manter nas reservas e taxas de empréstimo para aumentar o crédito.
A partir de 1º de janeiro, as instituições financeiras serão proibidas de assinar contratos de empréstimos com taxa flutuante com base na taxa de empréstimo bancária de referência anterior, informou o Banco Popular da China (PBOC) em comunicado em seu site no sábado.
Crédito a taxas flutuantes que foram assinados antes de 2020, excluindo aqueles para habitação vinculados a fundos de previdência do Estado, terão um preço alinhado à taxa básica de empréstimos, informou o banco central.
Sob o novo regime de taxas divulgado em agosto, a LPR renovada está vinculada ao mecanismo de empréstimos de médio prazo (MLF, na sigla em inglês), uma taxa-chave do Banco Popular da China.
"O objetivo da medida é tornar as taxas de juros mais orientadas pelo mercado e ajudar a reduzir os custos de financiamento", disse Wen Bin, economista do Minsheng Bank em Pequim.
A taxa básica de empréstimo de um ano está em 4,15%, uma queda de 16 pontos-base em relação a agosto.
A taxa de empréstimos bancários de referência anterior manteve-se estável em 4,35% desde outubro de 2015. A LPR de cinco anos está em 4,80%.
Analistas esperam que o banco central reduza a taxa de MLF entre 20 e 30 pontos-base em 2020, o que pode abrir caminho para a redução ainda maior da LPR.
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