Depois de uma década, o 4º Regimento de Polícia Montada (RPMon) de Porto Alegre registrou o nascimento de uma potrinha. Ubá da Serra, de raça Brasileiro de Hipismo, deu a luz na cocheira do quartel, às 22h de sábado. Saudável, a cria, da cor castanho escuro, levantou cerca de trinta minutos depois de nascer e logo foi procurar a mãe para se alimentar. O capitão veterinário Stéfano Leite Dau ressaltou a importância do animal consumir o leite no máximo duas horas após o nascimento. “Dessa forma ele adquire anticorpos para se defender de possíveis doenças ou infecções. A aproximação das duas foi rápida”, frisa ele, que acompanha de perto esse processo de adaptação.
Depois de passarem a noite juntas na cocheira, para que pudessem se conhecer e que o instinto materno fluísse, foram soltas no carriere do regimento – um espaço de gramado, semelhante a um campo, onde são realizadas provas hípicas. Na tarde nublada de domingo, Ubá não desgrudava da cria. Curiosa, a pequena tentava desbravar cada espaço. “É importante que elas se conheçam, ainda mais que ela é mãe de primeira viagem. Percebemos a conexão entre as duas”, disse ele. Entre uma pausa para se alimentar e descansar, a filhote ensaiava alguns trotes.
Dau salientou que dentro de uma semana ou até um mês, as duas serão levadas para Santa Maria. “Lá é nosso centro criatório, onde há mais estrutura. Aqui não temos acomodações necessárias e adequadas para elas. Por questão de logística, aguardamos o momento do parto para realizar a transferência.” O capitão explica que após o desmame feito, o que deve ocorrer depois de seis meses, ocorre a separação dos animais. “Aí será feita uma avaliação para sabermos se a Ubá permanecerá em Santa Maria ou retornará para o regimento.”
Quanto ao futuro da pequena, ainda é cedo para dizer. O tenente Márcio Leandro Mutto ponderou que é somente a partir do quarto ano que é iniciado o trabalho da doma. “Ela precisa se acostumar a distintos barulhos, às cores e precisa ficar próxima do ser humano. Precisa se adaptar à cela, cabeçada e montaria”, explicou. Depois de cerca de seis meses ela vai para o grande teste, a rua. “Nós tentamos, se não conseguirmos na primeira vez, vamos novamente. Temos técnicas para isso.”
Da descoberta até o nascimento
O tenente explicou que nos últimos 20 anos, esse foi o terceiro parto que aconteceu no regimento. O primeiro caso, há quase duas décadas, foi da égua Hipnose, porém o filhote não sobreviveu. Depois, em 2010, Jupira deu a luz a um potrinho. “Ele também foi encaminhado à Santa Maria devido às condições de criação e a especialidade do local”, expressou. Agora, foi o caso da Ubá. O animal, de cerca de cinco anos, chegou em agosto de 2018 no quartel. “Ela veio de Santa Maria também e descobrimos há 45 dias que estava prenhe. A gestação na espécie é de 11 meses”, frisa.
Conforme o capitão veterinário, a policial responsável pela égua percebeu que a barriga de Ubá não diminuía. “Ela teve um episódio de desconforto abdominal, fizemos o tratamento clínico e ela voltou para o trabalho. Depois de uns 30 dias registrou o mesmo episódio, fizemos mais exames e descobrimos a gestação.” No mesmo instante, ela foi afastada para descansar até o parto, que foi tranquilo e ela já está recuperada.
Ajude a escolher o nome
Os leitores do Correio do Povo poderão ajudar a escolha do animal. De acordo com o tenente Márcio, a única exigência é que seja com a letra C, porque todos os equinos são organizados pela primeira letra. “Basta encaminhar a sugestão através das redes sociais e comentários, que o melhor será escolhido pelos profissionais do regimento.”
from R7 - Notícias http://bit.ly/2JQzJ6F
via IFTTT
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ESCOLHA A ABA FACEBOOK E COMENTE!!