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Eleitores do Cazaquistão escolhem novo presidente após 30 anos

Em homenagem ao ex-presidente, a capital, Astana, ganhou o nome de Nur-Sultan
Em homenagem ao ex-presidente, a capital, Astana, ganhou o nome de Nur-Sultan Igor Kovalenko / EPA / EFE / 8.6.2019

Os cazaques escolhem na eleição deste domingo (8) entre o voto de confiança no presidente interino, Qasim-Yomart Tokayev, e o desejo de mudança devido à renúncia do pai da nação, Nursultan Nazarbayev, em março, após 30 anos de poder ilimitado.

Em uma tentativa de satisfazer algumas pessoas, Tokayev quis deixar claro durante a campanha que continuará o caminho de "Elbasi" (o líder da nação), mas que também introduzirá reformas que afetarão "todo o sistema público".

Leia também: Pela 1ª vez, uma mulher concorrerá à presidência no Cazaquistão

A questão é que, enquanto oligarcas e investidores querem estabilidade e continuísmo, parte da população pede mudanças em forma de mais liberdades políticas e uma maior justiça social.

Analistas políticos, no entanto, descartam que, apesar das tensões sociais dos últimos meses, em caso de vitória, Tokayev aposte em um tratamento de choque que poedeira provocar protestos dos cidadãos.

Favorito nas pesquisas

Aliado de Nazarbayev desde a independência e na presidência há menos de três meses, após anos de longa espera, ele lidera as pesquisas e está muito à frente dos demais candidatos.

Podia ter ficado no poder sem a necessidade de eleições, mas optou por convocar uma para ganhar legitimidade aos olhos da população e, o que é ainda mais importante, aos olhos da comunidade internacional.

Um dos principais méritos de Nazarbayev foi conseguir um equilíbrio aparentemente impossível entre o Ocidente e seus dois poderosos vizinhos, a Rússia e a China, todos interessados nos enormes recursos naturais do país e que estão à espera do resultado da eleição.

Caso vença, Tokayev será o encarregado de dirigir a transição política e econômica e de definir o mais rápido possível regras claras de jogo para os investidores, já que a redução da dependência do país das exportações de hidrocarbonetos dependerá disso.

Primeira vez na história

Esta é a primeira vez em toda a história da maior república centro-asiática que Nazarbayev não se candidatará. Ele fez isso em 1991, coincidindo com a desintegração da União Soviética, e quatro vezes mais (1999, 2005, 2011 e 2015).

Além disso, nunca houve tantos candidatos. Ao todo, sete concorrem, entre eles o primeiro opositor a participar de eleições presidenciais em 14 anos, Amirzhan Kosanov.

"Estas mudanças serão boas para o futuro político do Cazaquistão, já que em outros anos as eleições presidenciais aconteceram praticamente sem alternativas devido à presença de um candidato tão forte quanto Nazarbayev", afirmou o analista político Talgat Kaliyev.

Principal opositor

Kosanov é o único candidato que pode ofuscar o atual presidente e candidato governista, ainda que apenas pelo fato de postular a sua candidatura, já que o resto da oposição decidiu boicotar o pleito.

Poucos lembram que entre 1994 e 1997 ele foi porta-voz do governo, mas desde então é parte da oposição democrática, o que lhe rendeu sérios problemas, incluindo uma agressão brutal e várias penalidades administrativas por conta da realização de comícios não autorizados.

Candidata pioneira

O terceiro candidato na disputa é o que mais dominou as manchetes nas últimas semanas. Daniya Yespayeva é a primeira mulher a entrar na corrida eleitoral na história da democracia da Ásia Central, cujos cinco países que formam a região são muçulmanos e muito conservadores.

"Contra ela pode pesar a mentalidade oriental de que um país deve ser presidido por um homem. Por isso, Kosanov tem mais possibilidades de conseguir o segundo lugar", explicou Kaliyev.

Tokayev prometeu que as eleições serão livres e os outros candidatos esperam que ele cumpra a promessa e não recorra a recursos administrativos ou se beneficie de falsificações generalizadas.

De toda forma, o policiamento será reforçado amanhã e as autoridades já alertaram que vão reprimir qualquer tentativa protesto durante ou depois do período de votação. Isso porque o banqueiro Mukhtar Ablyazov, que fugiu para a França e é reivindicado pela Justiça, voltou a usar as redes sociais para atiçar os cazaques para manifestações.

Aproximadamente, 12 milhões de cidadãos no Cazaquistão poderão votar amanhã nos quase 10 mil colégios eleitorais espalhados pelo país, que é o nono maior do mundo em extensão territorial.



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