Um levantamento do R7 junto à Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais mostra que o número de casos de febre maculosa no Estado aumentou 241%, nos últimos dois anos. As ocorrências saíram de 17 contaminações em 2016 para 58, em 2018.
As mortes provocadas pela doença também seguiram a tendência. Em 2016, os órgãos públicos registraram seis óbitos, enquanto no último ano foram 22 ocorrências.
A febre maculosa, que é transmitida pela picada do carrapato-estrela, volta a deixar os mineiros em alerta. Neste domingo (2), a prefeitura de Contagem confirmou que duas pessoas morreram na cidade vítimas da doença. Outros dois óbitos suspeitos são investigados. Todas as quatro ocorrências são de pessoas da mesma família.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o grupo teve contato com parasitas transmissores da bactéria enquanto faziam um mutirão para limpar um terreno no bairro Boa Vista.
A área fica na divisa com a região da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo relato de moradores, além de cavalos, é comum ver capivaras andando pelo local. Os dois tipos de animais são hospedeiros do carrapato-estrela.
Sirlene Santana, parente das vítimas, conta que inicialmente, a suspeita era de que os familiares tinham contraído dengue.
— Eles fizeram o tratamento para dengue hemorrágica. Depois que vieram a fazer o exame que veio a constatar que era febre maculosa que estava afetando eles.
Controle
Após a confirmação dos casos, a prefeitura de Contagem mobilizou agentes de saúde para tentar conter um surto na cidade. Equipes da zoonose fazem dedetização da região onde as contaminações foram relatadas.
Infectologistas foram colocados de plantão na UBS (Unidade Basíca de Saúde) Nacional para atender pacientes que apresentarem sintomas da febre maculosa.
A orientação é para que a população procure uma posto de atendimento ao apresentar qualquer sinal da doença. Até o momento, ao menos 13 moradores da cidade já procuraram os médicos com sintomas.
Além das duas mortes confirmadas em Contagem, a Secretaria de Estado de Saúde informou que em toda Minas Gerais outras quatro pessoas tiveram diagnóstico positivo para febre maculosa este ano e continuam vivas.
Fique atento aos sintomas:
• Febre alta
• Dor no corpo
• Dor de cabeça
• Falta de apetite
• Desânimo
Cuidados
Em nota, a Ses informou que “a vigilância epidemiológica (acompanhamento e busca ativa de casos) e vigilância laboratorial da doença é realizada em todo o estado de Minas Gerais durante todo o ano. Além disso, ocorre também a investigação de áreas novas da doença com a pesquisa vetorial por avaliação dos critérios epidemiológicos avaliados em conjunto com os municípios afetados e a Unidade Regional de Saúde a que estão vinculados.
As ações da SES junto aos municípios são de apoio técnico por meio de orientações e fornecimento de materiais e insumos. Além disso, a SES-MG realiza o alinhamento do fluxo assistencial e laboratorial dos pacientes suspeitos”.
A secretaria ainda indicou que cuidados que devem ser tomados por quem frequentar áreas como “matas, rios, cachoeiras e que possuem criação de animais domésticos como cães, cavalos, bem como ambientes com a presença de animais silvestres como capivaras ou gambás, que são propícios para os carrapatos”. São eles:
• Uso de roupas de cor clara, vestimentas longas, calçados fechados – preferencialmente com cano longo e utilização de meias brancas – ao frequentar ambientes favoráveis à presença de carrapatos, o que facilitará a visualização dos animais;
• Uso de repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos em indivíduos que frequentam ambientes favoráveis à presença dos mesmos;
• Uso de equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais de capina e limpeza de pastos;
• Evitar se sentar e deitar em gramados e em áreas de conhecida infestação de carrapatos em atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias, etc;
• Examinar o corpo periodicamente ao frequentar áreas propícias à presença de carrapatos, tendo em vista que quanto mais rápido eles forem retirados do corpo, menor a chance de infecção. Caso sejam verificados carrapatos no corpo, retirá-los com leves torções e com o auxílio de pinça, evitando o contato com unhas e o esmagamento do animal;
• Utilização periódica de carrapaticidas em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do profissional médico veterinário;
• Limpeza e capina periódica de lotes não construídos e áreas públicas com cobertura vegetal.
Veja outros relatos de parentes das vítimas de Contagem:
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