A juíza Maria Amelia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decidiu nesta terça-feira (29) pela suspensão das mudanças nas regras que protegiam manguezais e restingas.
As extinções às propostas foram aprovadas na segunda-feira (28), pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão comandado pelo ministro Ricardo Salles.
"Trata-se de ação popular proposta com fito de ver suspensos os efeitos e, ao final, anuladas as resoluções que revogaram as Resoluções 302 e 303 Conama, que regulamentam o regime das áreas de preservação permanente", escreveu Maria Amelia.
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"Tais resoluções fixam parâmetros de proteção para APPS tais como restingas, manguezais e outros ecossistemas sensíveis, com fito de impedir ocupação e desmatamento", completou a juíza na decisão.
A medida agora suspensa também é alvo de parlamentares e do MPF (Ministério Público Federal), que questionam a constitucionalidade das resoluções aprovadas pelo Conama.
Em reunião, o órgão ligado ao Meio Ambiente revogou três resoluções e aprovou uma quarta. Além da extinção das regras que protegem manguezais e restingas, a norma também estabelecia faixas menores ao redor de lagos e nascentes.
Outra norma revogada trata da resolução que estabelecia parâmetros, definições e limites de APPs (Áreas de Preservação Permanente) de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.
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